Era verão. O coração dela queimava tanto quanto o sol, cheio de esperança e planos para um futuro incerto. Mesmo com término ela achava que poderia haver algum processo de “recomeço” como ocorreu em todas as outras vezes. Dai ele mentiu pra ela, ele não cumpriu com a sua promessa. E o tempo mudou, parecendo obedecer as oscilações de humor dela. O céu ficou cinza, as chuvas e tempestades ficaram fortes e o frio de congelar os pés a noite, congelou também seu coração. Ela mudou, ela esqueceu, ela deu um basta. E é assim que termina a história de dois capítulos. Ela termina dando o enredo e a abertura a uma nova história, contendo, desta vez, apenas um personagem principal: ELA.
3 capitulo de uma nova história.
Uma caneta jogada no chão, daquelas sem tampa com o fundilho quebrado sabe? E um papel amassado, bem sujo, daqueles que você encontra perdido no fundo da bolsa com a esperança de um dia ser usado, preenchido com qualquer coisa, não importando se fosse uma anotação importante, um pensamento bobo ou um desenho sem sentido. É exatamente assim que eu não quero me sentir. No momento sou um papel reciclado, a qual passou por um longo processo pra estar ali, limpinho. Um pouco amassado, meio áspero, sem graça, sem desenho, porem limpo. E digo mais, um papel reciclado perdido no meio de um grande caderno com mais de 100 folhas iguais a ela, agradecendo por não ser a capa, a qual é sempre “privilegiada” por ser preenchida primeiro, e suplicando pra não ser a ultima a qual é sempre rasurada, rasgada, usada pra servir de avião, barquinho, ou até mesmo amassada pra ser jogada em qualquer lugar ou coisa e ficar ali no canto do chão, solitária. Essa aqui, sofreu sim, mais foi resgatada pelo destino, absorvida por uma inspiração momentânea, aleatória. Nada de muito importante a qual ela fosse se orgulhar por ser uma papel de sorte, mas um pensamento puro, certo e cheio de algo a qual eu possa denominar “sentimento”. To querendo me namorar compreende? Ficar sozinha, cuidar de mim, ou pelo menos pelo o que ainda resta de mim. Me amar, me reconstruir, me preencher. Que me perdoem os erros gramáticais, mas resumindo, eu me quero. Não de forma banal, vazia, fútil a qual eu sempre fui querida, me quero de corpo, alma, coração, cheia, completa, esperta, desejada, realmente querida. Descobri que não existe ninguém no mundo a qual possa me querer mais e bem, do que eu mesma. E por sofrer por ser querida da forma errada, resolvi ficar comigo, a qual não há melhor companhia. E ir me querendo e me amando sozinha, até encontrar alguém que mereça querer o bem mais precioso que eu tenho: Eu mesma. Eu posso ainda às vezes mentir para os outros. Mas para mim mesma acabou-se a minha inocência.
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