"Em todas as idas e vindas, obscuramente eu sempre sabia: embora tudo mude, nada muda por que tudo permanece aqui dentro, e fala comigo, e me segura no colo quando eu mesma não consigo sustentar. E depois me solta de novo, para que eu volte a andar pelos meus próprios pés. A vida é mãe nem sempre carinhosa, mas tem uma vara de condão especial: o mistério com que embrulha todas as coisas, e algumas deixa invisíveis."
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
“Você me provoca, você me perturba. Joga água e sai correndo. Atira a pedra e me acerta de raspão. Me espia no escuro e mostra a língua. Me xinga. Me atiça. Invade o meu sossego. Meu refúgio. Você me provoca achando que não há perigo. Sem conhecer a força da minha mordida, o tamanho dos caninos. Você me provoca sem esperar a picada. Sem saber que ainda não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno.”
Caio F. A.
Garotas
Existe aquela a quem você simplesmente entrega sua vida, seus segredos, seus sorrisos, suas lágrimas .. a pessoa que mais te entende, que mais te compreende. A dona de um carinho e de uma afeição mútuos, de momentos que são eternos, principalmente os mais curtos. Por incrível que pareça, quanto menos tempo convivemos com uma pessoa, mais ela passa a significar as vezes .. sempre fica aquele gostinho de quero mais, no qual a gente busca se agarrar em todos os vestígios que sobraram, em tudo aquilo que foi verdadeiro, sincero, recíproco.
Saudade é que nem fome , é como sentir falta de devorar a presença de um alguém, e desse alguém tirar suas energias e ter forças para ir adiante. Carregar essa pessoa consigo do fio de cabelo até o dedão do pé, por mais que isso seja bizarro. Em seus músculos, em seus ossos, em seu sangue. Mas aí essa pessoa vai embora e vem a diferença entre pessoas e alimentos, entre as recordações e o concreto: Das pessoas a gente precisa de não mais que lembranças pra sorrir e ter forças todos os dias, ao levantar de manhã.






Choro mesmo, me descabelo pra caramba, queimo meus neurônios com probabilidades mil acerca de nós, e deixo todo mundo ver. Me exponho aqui, coloco minha cara a tapa, e que atire a primeira pedra quem nunca teve um choro meio ridículo por amor. Me abro, arreganho meu coração à fórceps, deixo a mostra minha dor e ainda cutuco com um pauzinho quando escrevo sobre tudo o que sinto. E todo mundo vê, alguns se doem junto comigo, outros se recordam como é a dor de amor. Essa dor de não se importar consigo mesmo e se deixar a Deus dará só porque parece tão mais importante se o outro está sofrendo também. Me poupe! "Acorda, menina", repito para mim mesma. "Ele não está aqui para cuidar de você!". Sou eu, eu mesma e meu amor que lateja no peito nesse deserto imenso que parece o mundo. Sendo bem egoísta, ainda pensamos que ninguém sente igual, que a dor é só nossa. Minha dor é a pior das piores do mundo - e não discorde! Eu te amo. Caramba, eu te amo. Tô ferrada. Eu sei, meus amigos sabem, a vizinha da frente sabe, minha mãe sabe, meu travesseiro sabe, vocês sabem, todo mundo sabe - menos você. Tenho coragem suficiente pra contar pra todo o planeta, mas pra você meço meia dúzia de palavras repensadas cinco vezes e já basta. Não me entrego. Só essas palavrinhas já são capazes de me doer por três dias e revirar o estômago num looping. Porque expor a você minhas dores é cutucar a ferida do coração com pauzinho. Mas parece dez vezes mais doloroso quando é pra você que falo. Quando é com você, parece que o tal pauzinho ainda tem um monte de pontas que ardem no peito e tiram meu ar. Tudo parece pior. A idéia de deixar você saber que ainda me dói é terrivelmente amarga e assustadora. Prefiro revelar para 100 pessoas anônimas aqui do que falar pra você. E acredite, tudo o que eu queria era te contar que ouvir seu nome ainda me causa arrepios pelo corpo todo. Que olhar tua foto ainda me dá um leve embrulho no estômago. Que eu quis chorar por ter ficado feliz de saber que você lembrou de mim naquele dia. Que tem um nó na minha garganta brotando em cada lembrança gostosa sua. Que às vezes eu sufoco um choro baixinho no chuveiro. Que fiz uma força tremenda pra sorrir ao invés de sair correndo quando vi sua amiga na rua. Tudo, tudo o que eu queria conseguir dizer é isso: eu te amo. Sou péssima em atuação, e por isso mesmo escrevo. Não sei fingir que estou totalmente bem e limpa. Com dor, muita dor, me afasto pra disfarçar. Finjo que esqueci, que não tô nem aí se não vou mais te ver. Nem por acaso, se meu santo for forte. Bate o desespero: eu não vou mais te ver. Caramba, tô expulsando da minha vida a pessoa mais especial e carinhosa que me apareceu! Não vou mais te ver. Estou te expulsando a socos, junto com a minha dor. Engolindo sapos, perdendo ciente da perda - e acho que é o que mais incomoda nisso tudo. A perda, a ausência, o vazio. O desamor deixa mais feridos que o amor, o vazio se torna pior que o sofrimento. Eu sei que, daqui a pouco, dentro do coração vai fazer até eco. Faço a desinteressada, enquanto fuço seu orkut a cada dez minutos. Finjo ignorar, enquanto acompanho cada passo teu. Sorrio, enquanto tudo dói. É difícil ser humano, porque quando atingimos o ápice da humanidade é no momento em que doemos. Na dor, tornamo-nos humildes. Afundando na minha dor, preciso finjir tranqülidade mesmo quando quero fugir. Preciso te fazer acreditar que estou completamente bem enquanto estou no chão com o bendito do pauzinho cutucando meu coração. É exatamente isso: humildade. Reconhecimento das minhas fraquezas. E eu aqui tão boba, me doendo inteira por dentro e só desejando a sua felicidade. Que inferno ser humana! Inferno ser eu, me importar tanto com você, ser essa que mesmo de longe ainda anseia por notícias. Que doa, então. Que doa, doa, doa. E que passe. Quero acreditar que assim como os relacionamentos, nenhuma dor é eterna. E essa parte você pode anotar.

Eu sinto frio.
Meu corpo entende o que eu sinto, meu corpo se comporta de outra maneira quando eu gosto de alguém. Ele acelera demais quando eu vejo, ele acelera demais quando eu falo, quando eu sinto, ele acelera até quando eu penso. Ele acelera de saudade, ele acelera de vontade, ele acelera. Minhas mãos também, elas tremem quando você passa, quando você para, quando você fala, quando pensa, quando suspira. Meus pés não param. É sério, eles ficam se enrolando uns nos outros quando eu penso. Meu queixo treme, os dentes rangem. Até meu arrepio é diferente de quando eu sinto isso, ele começa bem no meio das costas e vai como uma onda até cada ponta do meu corpo.
Quando eu não te tenho, meu corpo para. Meu corpo muda. De que adiantam braços, de que adiantam pernas, orelhas, se eu não tenho você? Eu sinto frio, sinto frio quando não sinto você. Meu corpo circula sangue no único lugar que eu sei que você sempre está, e o resto que vire-se como resto.
Eu estou com frio agora.
Eu não consigo mais ouvir a tua voz, mas tenho certeza que tudo oque você anda dizendo não passa de mentiras. Mas você não prescisa se preoucupar, por que sobre isso, eu não vou contar a ninguém. Uma vez me disseram, que o destino ri e debocha da nossa cara, ele nos promete tudo, mas no final acaba não nos dando nada. Espero que agora você esteja satisfeito, ou melhor, você deve estar muito feliz, já que você conseguiu o que mais queria. Que era me fazer sofrer.
”Uma vez me disseram que tudo dá certo, e se ainda não deu certo é porque ainda não chegou ao fim. Aquelas coisas que se diz quando alguém fica triste e talvez não tenha nada melhor pra falar. Por que pensar que só vai dar certo quando tiver que acabar? Se alguém me falar isso hoje, eu vou contar pra essa pessoa sobre nós dois e mostrar pra ela que não é no fim que as coisas dão certo, porque quando elas dão certo é apenas o começo.”
quinta-feira, 7 de julho de 2011
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Eu não acho que esta história acaba hoje… porque cada pessoa vai levar esta história através de suas vidas. Daniel Radcliffe
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